O Melasma, aquelas manchas acastanhadas, geralmente simétricas no rosto, é uma das queixas mais comuns durante a gestação. Muitas pacientes chegam ao consultório assustadas ao ver as manchas surgirem ou tornarem-se mais intensas no 2º e 3º trimestres. Entender por que isso acontece e como agir com segurança é a chave para controlar o problema sem colocar a gravidez em risco.
Durante a gestação há uma elevação fisiológica de hormônios como estrogênio, progesterona e fatores que estimulam melanócitos (por exemplo, MSH — melanocyte stimulating hormone).
Esses sinais hormonais aumentam a atividade dos melanócitos, tornando a pele mais propensa a produzir pigmento nas áreas expostas ao sol e onde já existe predisposição genética. Em outras palavras: a combinação hormônios + radiação (UV/visível) é o gatilho clássico para o “máscara da gravidez” (melasma).
Durante a gestação o foco principal é prevenção e controle; tratamentos agressivos são maioritariamente adiados para o pós-parto. As medidas a seguir são seguras e têm impacto real sobre o melasma:
1. Fotoproteção Rigorosa
Use protetor solar de amplo espectro (UVA + UVB) todos os dias, reaplicando a cada 2 horas se houver exposição. Prefira filtros minerais (óxido de zinco e dióxido de titânio) e formulações tintadas com óxidos de ferro — eles protegem também contra a luz visível, que piora o melasma.
2. Ingredientes Tópicos Considerados Seguros
Algumas opções tópicas têm perfil de segurança mais favorável em gestantes e podem ajudar a controlar a pigmentação de forma suave:
3. Cuidados Gerais para a Pele
Alguns tratamentos comumente usados para melasma fora da gravidez não são recomendados na gestação:
Após o parto a janela de tratamentos mais eficazes e rápidos se abre — mas com atenção:
O melasma na gravidez é comum e muitas vezes angustiante, mas há formas seguras de gerenciar enquanto você espera o momento mais seguro para tratamentos mais intensos. A prioridade na gestação é proteger, não arriscar: fotoproteção rigorosa, ativos tópicos com perfil de segurança (como ácido azelaico, vitamina C, niacinamida) e evitar retinoides e procedimentos agressivos. Depois do parto, com avaliação profissional, há um leque mais amplo de opções para clarear o pigmento de forma eficaz.